Assassino de Glauco vai depor hoje em Foz do Iguaçu.
Hoje é dia de depoimento. O assassino do cartunista Glauco Villas Boas e do filho dele vai falar em Foz do Iguaçu.
O delegado responsável pelas investigações em São Paulo, Archimedes Veras Júnior, deve chegar à Delegacia da Polícia Federal em Foz do Iguaçu por volta das 9h.
O interrogatório ainda não foi marcado. Portanto, não há horário previsto para que Carlos Eduardo Nunes seja ouvido. O delegado vem tratar o assassinato do cartunista Glauco e do filho dele Raoni em São Paulo.
Na segunda-feira (15) à tarde, a Polícia Federal cumpriu, em Foz do Iguaçu, o mandado de prisão temporária expedido pela Justiça de São Paulo em relação ao crime cometido em Osasco.
Carlos Eduardo está preso por dois motivos, por ter assassinato o cartunista Glauco e o filho dele e por ter tentado assassinar um policial federal quando ele seguia para o Paraguai em uma tentativa de fuga.
O preso está sozinho em uma cela. No domingo à noite, ele estava bastante alterado e apresentava sinais de transtornos emocional e mental. Por isso, o delegado responsável pela Polícia Federal decidiu mantê-lo sozinho para evitar confronto e desentendimento com outros presos. Ele foi levado para o IML em Foz do Iguaçu para fazer um exame de corpo delito, um exame de rotina para saber se ele sofreu alguma agressão.
À tarde, foi colhido material para o exame toxicológico que vai apontar se ele tinha ingerido bebida alcoólica ou usado drogas instantes antes da prisão. Sobre o pedido de transferência de Carlos Eduardo que tem que ser expedido pela Justiça em São Paulo, a Polícia Federal em Foz do Iguaçu diz que ainda não foi informada oficialmente.
O advogado do homem acusado de matar o cartunista Glauco falou pela primeira vez, na segunda-feira (15), em São Paulo. Várias testemunhas já foram ouvidas e mudaram algumas opiniões do delegado que investiga o caso.
O delegado Archimedes Veras Júnior já viajou para o Paraná para ouvir o depoimento de Carlos Eduardo. O advogado do réu, Gustavo Badaró, falou pela primeira vez. Ele também vai se encontrar em Foz do Iguaçu com o estudante.
O advogado contou que a mãe do acusado já tinha sido internada por problemas psiquiátricos e que Carlos Eduardo não queria ser internado também.
“Teve dia que o pai dele chegou em casa e ele estava ajoelhado para as plantas falando que era Jesus, uma outra coisa era Maria, as plantinhas eram Deus... Eram coisas fora de propósito. O pai disse que ia interná-lo e ele pedia pelo amor de Deus para não ser colocado em nenhuma clínica. Ele dizia que iria sair dessa. O pai, naturalmente, amolecia o coração e não internou”, conta o advogado de Carlos Eduardo, Gustavo Badaró.
O delegado que investiga o caso quer esclarecer a participação de outras pessoas no crime. O estudante Felipe de Oliveira Iasi foi ouvido como testemunha, mas agora a polícia tem indícios da participação dele no crime. Felipe disse à polícia que só levou Carlos Eduardo para a chácara na noite do crime, porque foi ameaçado por Cadu.
Mas a versão é contestada pela família de Glauco e por um vizinho que foi ouvido na segunda-feira (15). Ainda não há previsão para a transferência de Carlos Eduardo para São Paulo, o que depende de um pedido da Polícia Civil paulista à Justiça Federal do Paraná.
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Fonte: G1 / HD news