Ministro da Defesa de Israel discute processo de paz no Oriente Médio com EUA
Published on: quinta-feira, 24 de junho de 2010 // 
Ministro da Defesa de Israel discute processo de paz no Oriente Médio com EUA
O ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, conversará sobre o processo de paz entre Israel e os palestinos, esta quarta-feira (23), em Washington, com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, informou esta terça-feira o Departamento de Estado dos Estados Unidos.Barak e Hillary "vão discutir as perspectivas de paz na região" com a esperança de "avançar o quanto antes para negociações diretas", disse o porta-voz Philip Crowley.
Em maio, os palestinos aceitaram manter um diálogo indireto com Israel, intermediado pelo emissário americano, George Mitchell.
A flexibilização do bloqueio a Gaza e a investigação sobre a operação militar contra uma frota humanitária internacional que seguia rumo ao território palestino também serão mencionados no encontro.
Espera-se que a secretária de Estado ressalte o desejo de Washington de "trabalhar com Israel para garantir a aplicação" da flexibilização do bloqueio, prosseguiu o porta-voz, enquanto "falta avançar" concretamente após o anúncio desta decisão pelo governo israelense.
Hillary e Barak também falarão das "preocupações urgentes e legítimas de Israel por sua segurança, entre as quais estão a Síria, o Irã, o Hamas e o Hizbollah", disse Crowley.
Israel informou, no domingo (20), que autorizará a entrada de todos os "bens para uso civil" a Gaza, "salvo equipamentos militares e material que possa reforçar a máquina de guerra do Hamas".
Líbano
As autoridades libanesas enviaram nesta terça-feira uma carta às Nações Unidas responsabilizando Israel por qualquer ataque contra seus cidadãos, diante da ameaça israelense de atacar navios libaneses que se dirigirem à faixa de Gaza.
A agência nacional de notícias do Líbano informou que o país enviou uma carta ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, por meio de seu Ministério de Assuntos Exteriores, em resposta à carta enviada por Israel à organização no dia 18 de junho.
Em sua carta, Israel responsabilizou o Líbano por qualquer embarcação que sair do país com destino a Gaza e ameaçou atacá-la.
Em sua carta, o Líbano também pede que a comunidade internacional pressione Israel para que aplique a resolução que pôs fim à guerra de 2006 entre o Exército israelense e o Hizbollah e para que cesse suas violações e ataques contra o território libanês.
Alerta
O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, advertiu na segunda-feira (21) que uma situação de "violência" pode surgir se a frota com ajuda humanitária que se prepara no Líbano tentar romper o bloqueio israelense sobre território palestino.
Para o ministro, é desnecessário tentar levar a ajuda por mar, especialmente depois que, no domingo (20), foi suavizado o bloqueio a Gaza.
"Poderia surgir atrito que leve à violência, o que é totalmente desnecessário e injustificável com a abertura de Gaza", alertou Barak na saída de uma reunião com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Segundo ele, as autoridades israelenses não podem aceitar que "ninguém navegue diretamente para Gaza". O ministro responsabilizou Beirute pelas embarcações que possam partir da costa libanesa, assim como pelo material transportado.
O Líbano afirmou na segunda que permitirá que navios com ajuda humanitária para Gaza naveguem na costa do país. O grupo turco que mandou a flotilha interceptada no dia 31 de maio também prometeu mandar mais embarcações de auxílio.
Fonte: Folha / HD News


















