Assassino de jovens de Luziânia Diz Ser Evangélico.
SÃO PAULO, BRASÍLIA - O pedreiro Admar de Jesus, de 40 anos, que confessou ter matado seis jovens em Luziânia, em Goiás, a 70 quilômetros de Brasília, disse nesta segunda-feira que receberia R$ 5 mil de uma quadrilha de traficantes que atua em uma rede de pornografia na internet. Numa entrevista coletiva nesta segunda na Secretaria de Segurança Pública de Goiás, Admar disse que receberia o dinheiro para fotografar e divulgar as imagens pornográficas das vítimas na internet. Ele disse que manteve relações sexuais com apenas duas das vítimas. O assassino afirmou que as mortes dos rapazes não foram premeditadas, mas que 'uma voz do além o manda fazer essas coisas'.
Vizinhos do pedreiro Admar assassino dos 6 jovens, Diz que ele era um Homem Religioso e costumava ir em Cultos em igreja evangélica na Região com seus 3 filhos, os vizinhos disse que nunca imaginava Que ele poderia ser um psicopata a sangue frio, Por ser um Homem Calado e Religioso.
O nome da igreja que o pedreiro Admar Assassino do 6 Jovens foi Preservado por motivos de Segurança.
- Não consigo parar de matar, preciso de ajuda - disse Admar
Ele pediu desculpas às mães do jovens e disse estar arrependido dos crimes.
Na entrevista, Admar contou que atraía as vítimas oferecendo drogas. O pedreiro contou que também receberia dinheiro da quadrilha para cobrar dívidas de drogas que alguns jovens tinham com os traficantes.
Exames de dna vão identificar os corpos dos seis jovens abusados sexualmente e mortos a pauladas em Luziânia, Goiás. De acordo com o delegado de polícia do município, Rosivaldo Linhares Rosa, algumas mães tentaram um reconhecimento visual, mas para não ter dúvidas, o DNA coletado pela Polícia Federal é que oficialmente vai identificar as vítimas. O resultado deverá ser liberado nos próximos dias pelo IML (Instituto Médico Legal) de Goiânia. As famílias deverão fazer um velório coletivo.
O delegado Linhares contou que o assassino confesso, o pedreiro Admar de Jesus, 40 anos, teria abordado ainda outras possíveis vítimas que se recusaram a acompanhá-lo. Um sétimo jovem abordado por ele escapou e ajudou a desvendar o crime.
Para a polícia, o pedreiro é um assassino em série. A polícia que saber se o criminoso agia sozinho.
Admar já havia cumprido pena por pedofilia em Brasília. Foi condenado a 14 anos de prisão em 2005, mas na prática ficou apenas 4 anos na cadeia . Ele saiu da prisão em 23 de dezembro de 2009, beneficiado pelo regime semiaberto. Foi morar em Luziânia, no mesmo bairro das vítimas. Sete dias depois de sair da cadeia fez a primeira vitima na cidade.
- É uma pessoa fria, calculista e sem nenhum remorso. Ele não reprova as condutas ilícitas adotadas - disse o delegado chefe da Polícia Judiciária Josuemar de Oliveira.
De acordo com o delegado de Luziânia, um prontuário médico recomendava que o pedreiro não fosse beneficado pela progressão de pena, apesar de ser um direito legal dele.
- Me parece que há um laudo afirmando que se tratava de um psicopata, mas novos laudos feitos por psiquiatras serão concluídos nas próximas semanas - diz.
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF) disse que casos de crimes sexuais, como o de Admar, deveriam ser acompanhados de medidas adicionais, antes do benefício da progressão de pena.
- O uso de tornozeleira eletrônica para monitoramento seria uma medida adicional - disse o ministro.
Preso no último sábado, depois de ser monitorado por 10 dias, o pedreiro mostrou o local onde enterrou os corpos, a 2 km do bairro onde os rapazes moravam, em um matagal próximo à BR-040, entre Luziânia e Cristalina. A polícia chegou até Admar ao rastrear o celular de um dos rapazes, que estava sendo utilizado por uma irmã do pedreiro.
Ele contou que atraía os jovens oferecendo pequenos trabalhos para que eles o acompanhassem. As famílias acham difícil que os meninos tenham acompanhado o pedreiro ao matagal sem terem sido coagidos por uma arma.
Por questões de segurança, Admar foi transferido para a Delegacia Especializada de Investigação Criminal em Goiânia.
- É horrível saber que ele não vai voltar mais para casa - revela Aldenira, mãe de Diego Alves Rodrigues, de 13 anos, o primeiro garoto a desaparecer.
A seguir sumiram Paulo Victor V.A. Lima, de 16 anos (no dia 4 de janeiro), George Rabelo dos Santos, de 17 anos (no dia 10 de janeiro), Divino Luiz Lopes, de 16 anos (no dia 13 de janeiro) e Flávio A. Fernandes, 14 anos (no dia 18 de janeiro). O último a desaparecer foi Márcio Luiz de Souza Lopes, um ajudande de serralheiro de 19 anos, único maior de idade do grupo, no dia 23 de janeiro.
- A gente imaginou que Luziânia inteira ia fazer uma festa. E não um velório - conta Lúcia Maria de Souza Lopes, irmã de Márcio.
Os garotos desapareceram entre dezembro e janeiro. Em fevereiro, o secretário de Segurança Pública do estado recusou a ajuda da Polícia Federal nas investigações. A Polícia Federal só entrou no caso depois que a repercussão aumentou e após as intervenções do então ministro da Justiça, Tarso Genro, e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Fonte: HD News