Seminário Batista do Sul, um dos maiores do Brasil, pode ser fechado
                                  
Depois de 94 anos de  funcionamento o Seminário Teológico Batista do  Sul (RJ) corre o risco de fechar. A má administração financeira que  perdura há alguns anos é o motivo para que o seminário encerre suas  atividades. Mas essa  notícia não foi bem aceita por  todos os alunos e professores da instituição.
 Para que o seminário não feche, nem venda parte de sua propriedade  para o pagamento de dívidas e salários de funcionários, alunos iniciaram  a campanha “Eu amo o Seminário Batista do Sul” em um blog. Na  página há um pedido de ofertas para o pagamento de débitos e auxílio  para professores e funcionários que necessitam de um apoio. De acordo  com o site, até o momento foram recebidos R$ 800,00 por meio de uma  conta bancária, aberta especialmente para a criação deste fundo.
Mas a medida tem gerado polêmica e dividido  opiniões entre professores,  funcionários e alunos. A medida de emergência foi duramente criticada  pelo professor Ezequias Amâncio.
Em um artigo o professor e pastor contou sua história dentro do  seminário desde a época em que era estudante declarou “seu amor” pelo  seminário, porém disse não apoiar a campanha, chamando-a de “ingênua” e  “infantil”.
“Digo e repito que a campanha ‘eu amo o seminário do sul’ é  ingênua e infantil porque certamente não serão as parcas doações de  crentes sinceros que saldarão as dívidas e nem tão pouco elas serão  suficientes para tornar ‘economicamente viável’ uma instituição  centenária, mas que amealhou ao longo dos anos erros de gestão,  apadrinhamentos denominacionais e que hoje convive em uma encruzilhada  em ser uma ‘casa de profetas’ ou uma  ‘casa de profissionais da religião’”, escreveu Ezequias Amâncio.
O professor ainda escreve que os recursos para pagar os débitos do  seminário não podem ser resultado dos desvios de outras instituições.  Ele propôs que primeiramente o seminário deveria fechar seus cursos para  a realização de um balanço financeiro para o descobrimento dos  dividendos e que reabra para cursos de pós-graduação e atualização  pastoral em uma estrutura mais enxuta. Outra proposta feita por ele é  que o Conselho do seminário analise a possibilidade de vender parte de  sua propriedade.
Já para Cleudair Godoi, aluno do 5º ano de teologia, o seminário tem  uma grande importância histórica e não pode ser fechado. Ele escreve no  blog “euamooseminariobatistadosul” que mesmo com tantos esforços para a  angariação de fundos para o seminário esse fato não gera nenhum tipo de  reconhecimento por parte dos líderes.
Em relação à venda, o estudante escreveu: “penso que o modo  mais vil de destruir a memória dos batistas do Brasil é prosseguir com  essa ideia. O Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil tem cumprido  seu papel a mais de 100 anos, formando lideres conhecidos e reconhecidos  por nós, o povo batista brasileiro. Com a venda, ainda que parcial,  estaremos interrompendo este processo. Nossas igrejas precisarão rever o  perfil de seus futuros líderes ‘formados no seminário do sul’. As  dificuldades na busca de novos líderes só tendem a agravar-se. Se está  difícil, se tornará ainda pior”.
Até o momento a direção do seminário ainda não  decidiu o futuro da instituição. O seminário já formou 3.000 alunos em  Teologia, Música Sacra, Educação Cristã e Pedagogia.
Fonte: Gospel+/ HD News  

















