Gangue de meninas aterroriza colegas em escola de Sorocaba
Published on: segunda-feira, 22 de março de 2010 //
Gangue de meninas aterroriza colegas em escola de Sorocaba.
Pais e alunos estão com medo. Uma das famílias chegou a tirar a filha da escola. Enquanto não conseguia a transferência, a mãe acompanhava a filha diariamente. A diretora da escola nega que exista uma gangue. Mas os depoimentos dos alunos são impressionantes.
Uma das vítimas apanhou tanto que foi parar no hospital. Por telefone, ela contou o seu drama. “Achei que elas iam me matar”, diz uma das meninas, de 12 anos, aluna de uma escola em Sorocaba, interior de São Paulo. Ela teve que ser transferida para outra unidade de ensino depois de apanhar de um grupo de adolescentes na frente de dezenas de colegas na porta da escola.
“Rodearam a menina e começaram a dar pontapé, chutaram. Me contaram que uma tinha uma faca para matá-la”, conta um rapaz.
Por causa da chamada “gangue das primas”, paquerar é correr perigo. “Contei que fui ameaçada pelas meninas, falaram que se eu começasse a encarar os outros, elas iam dar em mim”, conta uma aluna.
Uma aluna deixou a escola em junho do ano passado, segundo os pais, pelo mesmo problema. “Tive que acompanhá-la durante o período de provas, por três dias. Eu ficava na secretaria para ela fazer a prova, colocava no carro e levava embora, porque ela estava sendo ameaçada dentro da escola. Existe gangue de menina dentro da escola”, diz a mãe de ex-aluna Aparecida Paulino.
Embora negue a existência de uma gangue e trate o caso como um fato isolado, a secretaria estadual da educação convocou os pais dos mais de mil alunos para uma reunião. A vítima da agressão já tem depoimento marcado na Delegacia da Infância e Juventude. O que ela pretende dizer contradiz as afirmações da direção da escola.
“Muitas meninas ameaçam, batem, dão chutes, tapas, socos, ameaçam com canivete, pedra, pau”, conta a vítima.
“Não temos conhecimento que existam gangues dentro da escola. Jamais. Dentro da escola temos um trabalho todo voltado para aprendizagem e cultura da paz”, defende a diretora regional de ensino Maria Vicentina Godinho.
Uma pesquisa do Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo ouviu quase 700 profissionais de educação: 87% confirmaram que há violência nas escolas em que trabalham.
“Tem muita menina folgada querendo ficar acima dos outros. Elas querem bater em você, sem motivo, para dizer que é boa”, comenta a vítima.
A menina de Sorocaba que chegou a ser internada já teve alta e se recupera em casa.
ASISTA O VIDEO!
Fonte: G1 / HD News
